O ministro ressaltou a importância de considerar o horário de verão como uma medida eficaz em determinadas circunstâncias, citando países como a França, onde a iniciativa é adotada principalmente por motivos econômicos. Segundo ele, o pico do custo-benefício do horário de verão acontece nos meses de outubro, novembro e meados de dezembro, o que inviabilizaria a implementação neste momento devido ao tempo necessário para adaptação dos setores.
O horário de verão no Brasil foi instituído de forma irregular até 1985, quando passou a ser adotado sistematicamente. No entanto, em 2019, durante o governo Bolsonaro, a iniciativa foi extinta devido às mudanças nos hábitos de consumo da população. Este ano, o governo federal cogitou adiantar os relógios como forma de enfrentar a pior seca já registrada no país, mas a decisão final foi a de não implementar a medida.
Uma pesquisa do instituto Datafolha revelou que a volta do horário de verão divide os brasileiros, com 47% a favor, 47% contra e 6% indiferentes. Outro levantamento mostrou que a maioria da população (54,9%) apoia o horário de verão, sendo 41,8% totalmente favoráveis e 13,1% parcialmente favoráveis.
Em meio à discussão sobre a relevância do horário de verão, o ministro Silveira reforçou a importância da matriz energética brasileira, que tem na hidrelétrica sua principal fonte de energia. Ele concluiu que, graças a medidas de planejamento, os reservatórios do país estão com índices que garantem certa tranquilidade em relação ao fornecimento de energia.