A síndica do condomínio, Maristela Pagotto, relembrou aliviada que não houve acidentes graves envolvendo as árvores caídas. No entanto, a limpeza se tornou uma prioridade, com um estimado de gastos de até R$ 150 mil somente nesse aspecto. Além disso, bancos, muros e um poste foram danificados durante o temporal.
A falta de energia também impactou o bombeamento de água, tornando necessário o uso de geradores para manter o funcionamento básico no condomínio. O serviço de assistência da Enel, empresa responsável pelo fornecimento de energia, só chegou ao local na terça-feira (15) para iniciar o processo de religação, que já era esperado por muitas famílias que haviam deixado o local em busca de conforto em casas de familiares e amigos.
A situação se agravou para alguns moradores, especialmente idosos e pessoas com necessidades especiais, que tiveram que ser internados devido à falta de aparelhos elétricos essenciais. Mesmo diante do caos, o clima de comemoração tomou conta dos presentes no condomínio quando a energia começou a ser restabelecida.
No entanto, nem todos foram contemplados com o restabelecimento imediato da energia. Angela Crispim, de 62 anos, compartilhou o prejuízo de ter que jogar comida fora devido à falta de refrigeração, além do desconforto de ter que lidar com a ausência de água quente para tomar banho.
Questionada sobre a demora no atendimento, a Enel não se pronunciou sobre o caso. No quarto dia de apagão na região metropolitana de São Paulo, mais de 214 mil imóveis ainda estavam às escuras, enquanto equipes de técnicos de outras regiões do país foram mobilizadas para auxiliar na normalização do serviço.
Por volta das 13h, a empresa divulgou que mais de 1,8 milhão de clientes já tinham tido o fornecimento de energia restabelecido. A solidariedade e a união dos moradores do Parque Brasil foram essenciais para enfrentar essa situação adversa e agora resta recuperar os estragos causados pela tempestade e aguardar a normalização completa do serviço de energia elétrica na região.