Projeto de Paulo Paim busca facilitar investimentos em drenagem urbana em situações de emergência após enchentes no Rio Grande do Sul.

O senador Paulo Paim (PT-RS) apresentou um projeto que visa facilitar o uso de recursos públicos durante situações de emergência, como as recentes enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul. O PL 3.875/2024 propõe mudanças na Lei de Saneamento Básico, permitindo que o governo invista em serviços de drenagem e controle de águas urbanas em municípios em estado de emergência.

Uma das principais alterações propostas pelo projeto é a dispensa de alguns requisitos para a liberação de recursos em situações de emergência. Atualmente, para receber investimentos em saneamento, as prefeituras precisam cumprir uma série de exigências, como eficiência técnica e financeira, adesão às normas da Agência Nacional de Águas, entre outras. Com a aprovação do projeto, essas exigências seriam flexibilizadas, possibilitando uma resposta mais rápida do governo.

Além disso, o PL 3.875/2024 propõe alterações em outras leis, como a Lei de Parcelamento do Solo Urbano e de Concessões de Serviços Públicos. O objetivo é agilizar os processos de financiamento e licitação em casos de emergência, facilitando o uso de recursos públicos sem as restrições habituais dessas leis.

O projeto também revoga a Lei que trata da drenagem urbana, a fim de evitar conflitos e sobreposições com a nova legislação proposta por Paim. Segundo o senador, as mudanças são fundamentais para garantir investimentos em obras de drenagem e reduzir os impactos das enchentes, especialmente em regiões afetadas como o Rio Grande do Sul.

Os dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento mostram que a maioria dos municípios brasileiros não possuem sistemas eficazes de drenagem de águas pluviais e nem mapeamento de áreas de risco de inundação. Diante deste cenário, o projeto de Paim se torna ainda mais relevante para prevenir danos causados por eventos climáticos extremos.

A proposta aguarda encaminhamento para as comissões temáticas do Senado e, caso seja aprovada, poderá representar um avanço significativo no enfrentamento de situações de emergência no país.

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