Apagão persiste em São Paulo por quatro dias consecutivos, Enel terá prazo de dois meses para explicar falhas na distribuição de energia

O quarto dia de apagão na região metropolitana de São Paulo ainda causa transtornos para cerca de 250 mil imóveis nesta terça-feira (15), de acordo com informações divulgadas pela Enel. No entanto, houve uma melhora em relação aos 340 mil imóveis que estavam sem luz na noite anterior. A empresa responsável pelo fornecimento de energia informou que mais de 1,8 milhão de clientes já tiveram o serviço normalizado e equipes de diferentes regiões do país foram enviadas para auxiliar no restabelecimento da energia.

O apagão foi desencadeado na última sexta-feira devido a fortes ventos que atingiram a região, causando danos severos na rede elétrica. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que irá intimar a Enel para prestar esclarecimentos sobre as falhas que resultaram no apagão. A empresa terá um prazo de 60 dias para se defender a partir do início do processo, e, caso não apresente justificativas adequadas, o contrato com a concessionária italiana poderá ser rompido.

A resposta da Enel diante do apagão foi considerada abaixo do esperado pela Aneel, que destacou a falta de definição de um prazo para o restabelecimento completo da energia para os consumidores afetados em São Paulo e região metropolitana. O episódio do apagão também foi tema de debate entre os candidatos à prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL), durante o encontro promovido pela Band.

No debate, os candidatos trocaram acusações sobre as responsabilidades da prefeitura, da Enel e da Aneel em relação ao apagão. A população aguarda por respostas concretas e soluções definitivas para evitar novos episódios de falta de energia elétrica. Enquanto isso, a Enel enfrenta a pressão das autoridades reguladoras e o desafio de restabelecer o serviço de forma eficiente e segura para os consumidores afetados.

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