Falta de energia em São Paulo: Enel enfrenta críticas pela demora no restabelecimento do serviço após forte temporal

A Enel, uma das principais concessionárias de energia elétrica da região metropolitana de São Paulo, tem enfrentado críticas pela demora na resolução da falta de energia que atingiu 2,1 milhões de imóveis desde a última sexta-feira, por volta das 19h30. Comparando com o apagão ocorrido em novembro do ano passado, a empresa tem se mostrado menos ágil em restabelecer o serviço.

De acordo com informações divulgadas pela própria Enel, 340 mil imóveis ainda estavam sem luz na noite de segunda-feira, representando 16% do total afetado. Em 2023, após o mesmo período, 100 mil imóveis estavam sem energia, o que equivalia a 5% do total, demonstrando uma diferença significativa na proporção de consumidores afetados após três dias.

As autoridades, como a Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo) e a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), apontaram a lentidão da Enel em mobilizar os agentes necessários para restabelecer o serviço. O plano de contingência da empresa previa 2.500 agentes em campo, porém o número inicialmente não foi alcançado, o que contribuiu para a demora na resolução do problema.

Diante das críticas e pressão do governo, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, determinou que o total de técnicos envolvidos na operação seja de 2.900, incluindo equipes de outras concessionárias. A comparação com o apagão de 2023, que ocorreu após um temporal que causou ventos de até 103,7 km/h, destaca a diferença no tempo de resposta da Enel desta vez.

A empresa informou que, do total de imóveis afetados, 35,7% tiveram o problema resolvido ao fim do primeiro dia após o temporal e, após 48 horas, esse número subiu para 63%. O presidente da Enel São Paulo, Guilherme Lencastre, afirmou que haverá investimentos para aprimorar os sistemas de previsão meteorológica, visando evitar surpresas como a magnitude do temporal que ocorreu. Tanto a empresa quanto as agências reguladoras reconheceram que a intensidade do temporal impactou na resposta e na resolução dos problemas com a energia elétrica.

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