Procon toma medidas contra Enel após apagão que deixa consumidores sem energia por mais de 72 horas e prejuízos acumulados.

O Procon do Estado de São Paulo iniciou um expediente especial para atender os consumidores que foram prejudicados pela falta de energia causada por um temporal na sexta-feira (11/10) e que, até a noite de segunda-feira (14/10), ainda não havia sido completamente solucionada pela Enel, concessionária responsável pelo serviço. A assessora técnica do Procon, Carina Minc, afirmou que os consumidores têm direito a ser ressarcidos pelos mantimentos e medicamentos perdidos devido à falta de refrigeração, assim como por eventuais prejuízos causados a aparelhos elétricos devido à oscilação de energia.

Diversos consumidores relataram os transtornos enfrentados devido à falta de energia. Um morador de Santo André, Eduardo Dittrich, contou que ficou mais de 24 horas sem energia em seu condomínio, tendo que recorrer à compra de sacos de gelo para não perder os alimentos da geladeira. Outra moradora, Camila Muniz dos Santos, mencionou a perda de produtos estocados no freezer da mãe, que vende picolés para complementar a renda da família.

A situação se agravou para alguns moradores, como Ali El Khouwyer, que permanecem sem energia devido a problemas com a fiação elétrica. O morador relatou prejuízos superiores a R$ 1 mil com alimentos perdidos na geladeira e falta de suprimentos básicos, como gelo e velas. Enquanto isso, a Enel ainda não se pronunciou sobre quantos imóveis continuavam sem energia no ABC e qual o prazo para regularização da situação.

Os prefeitos do ABC se uniram para cobrar ações efetivas da Enel, diante do grande número de quedas de árvores e da falta de energia em diversos bairros. Guto Volpi, prefeito de Ribeirão Pires, chegou a emitir uma nota de repúdio contra a concessionária e relatou os transtornos enfrentados pela população, incluindo o Hospital São Lucas, que ficou sem energia por 48 horas.

Diante dos prejuízos e transtornos causados pelo apagão, o Procon recomenda aos consumidores que reúnam documentos comprovando os danos sofridos e tentem resolver a situação diretamente com a empresa antes de procurar o órgão de defesa do consumidor. A falta de energia afetou também o atendimento à saúde em algumas cidades, tornando urgente a regularização do serviço por parte da Enel.

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