Sócio de laboratório preso por falha em exames que levaram à infecção por HIV em transplantes no Rio de Janeiro

Laboratório PCS Lab Saleme envolvido em caso de infecção por HIV em transplantes no Rio de Janeiro

O laboratório PCS Lab Saleme se encontra no centro de uma polêmica após pacientes terem sido infectados por HIV em transplantes realizados no Rio de Janeiro. O sócio do laboratório, Walter Viera, foi preso e, em depoimento à polícia, admitiu que houve falhas humanas na transcrição dos resultados de dois testes de HIV.

De acordo com as investigações, o laboratório emitiu laudos falsos declarando que os doadores dos órgãos não eram portadores do vírus, o que acabou levando à infecção de seis receptores. Em uma nota divulgada recentemente, o PCS Lab Saleme afirmou que não há nenhum esquema criminoso envolvido e que a sindicância interna apontou indícios de falha humana no processo.

A defesa de Walter Viera e de seu sócio, Mateus Vieira, também negou qualquer envolvimento em esquemas fraudulentos e expressou confiança de que a Justiça entenderá a situação após os esclarecimentos prestados. Matheus Vieira já se apresentou voluntariamente à polícia e está colaborando com as investigações.

Além disso, o laboratório destacou que tem um histórico de mais de 50 anos no mercado e que nos últimos 12 meses realizou mais de 3 milhões de exames. Desde o início de sua parceria com a Fundação Saúde do Governo do Estado do Rio de Janeiro, o laboratório adquiriu cerca de 900 testes para diagnóstico de HIV, seguindo as recomendações das autoridades de saúde.

As autoridades envolvidas no caso, como a Secretaria de Estado de Saúde, o Ministério da Saúde, a Polícia Civil e o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, consideram a situação extremamente grave e estão conduzindo investigações para esclarecer as circunstâncias das infecções. O PCS Lab Saleme foi interditado temporariamente pela Vigilância Sanitária local, com o objetivo de garantir a segurança dos transplantes no estado.

Diante desse cenário, o laboratório se comprometeu a prestar todo o suporte necessário às vítimas e está à disposição das autoridades para colaborar com as investigações. O caso, sem precedentes, continua sendo monitorado de perto pelas autoridades competentes e pela opinião pública.

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