STF recebe dois mandados de segurança contra PEC que limita decisões monocráticas da Corte e aguarda decisão do ministro Nunes Marques

O Supremo Tribunal Federal (STF) se encontra no centro de uma polêmica com a chegada de dois mandados de segurança que pedem a suspensão da tramitação de uma proposta de emenda à constituição (PEC). Essa proposta permitiria a derrubada de decisões tomadas pela Corte. Os mandados de segurança foram protocolados pelos deputados Paulinho da Força, do Solidariedade de São Paulo, e Pastor Henrique Vieira, do PSOL do Rio de Janeiro.

Os parlamentares alegam que a proposta fere o princípio constitucional da separação dos poderes ao restringir o trabalho do STF. Os mandados de segurança estão sob a relatoria do ministro Nunes Marques, porém, ainda não há uma previsão para a decisão final.

A PEC em questão teve sua admissibilidade aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara na última quarta-feira (9). No entanto, para que a proposta entre em vigor, ela ainda precisa ser aprovada tanto pelo plenário da Câmara dos Deputados quanto pelo Senado.

Essa PEC proíbe decisões monocráticas que suspendam a eficácia de leis ou atos normativos com efeitos gerais, ou que interfiram nos atos dos presidentes da República, do Senado e da Câmara dos Deputados. Além disso, também são vetadas decisões monocráticas que possam suspender a tramitação de propostas legislativas, afetar políticas públicas ou criar despesas para qualquer poder.

A discussão em torno desse tema ganhou destaque principalmente após o presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, defender a atuação da Corte e ressaltar a importância de manter as instituições funcionando de forma eficaz. Barroso afirmou que o Supremo decide questões divisivas da sociedade brasileira e destacou a necessidade de não interferir em instituições que cumprem bem sua missão.

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