Segundo Silveira, mais da metade dos eventos que causaram o apagão foram ocasionados pela queda de árvores sobre o sistema de média e baixa tensão em São Paulo. Ele destacou a falta de cuidado das distribuidoras de energia com esse tipo de situação, afirmando que elas não têm a prerrogativa de lidar com a questão de forma eficaz devido a questões legais e ambientais. O ministro anunciou que levará essa questão para discussão no governo federal, visando encontrar uma solução legislativa que permita maior atuação das distribuidoras nesses casos.
Além disso, Silveira criticou a postura do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, que fez críticas ao ministro nas redes sociais. Silveira chamou as declarações do prefeito de “fake news” e ressaltou a importância de resolver o problema do apagão antes de discutir outras questões.
O ministro também apontou falhas na fiscalização da Aneel, afirmando que a agência não está agindo de forma adequada diante do problema enfrentado em São Paulo. Ele destacou a ausência do diretor-geral da agência em uma convocação feita por ele, classificando a atitude como covarde.
Em meio a essas declarações, Silveira ressaltou a importância de modernizar os contratos das empresas de distribuição de energia para garantir um serviço de qualidade à população. Ele destacou medidas que estão sendo tomadas para melhorar a relação entre as distribuidoras e o poder público, visando evitar situações como a que está ocorrendo em São Paulo.
Nesta terceiro dia de apagão, mais de 500 mil clientes na capital paulista e na Grande São Paulo continuavam sem energia elétrica. A Enel ainda não apresentou uma previsão para o restabelecimento total dos serviços, aumentando a pressão sobre a empresa e as agências reguladoras responsáveis. As declarações do ministro refletem a gravidade da situação e a necessidade urgente de resolver o problema do apagão em São Paulo.