Essa iniciativa faz parte de um amplo pacote que visa tornar São Sebastião mais resiliente a eventos climáticos extremos, incluindo a criação de quatro unidades de conservação e a implementação de programas de educação ambiental. Bispo, um dos moradores afetados pela tragédia, destaca a importância de ter uma preocupação com o futuro ambiental, mesmo diante do trauma que marcou a vida de muitas pessoas na cidade.
No entanto, o desafio de tornar as cidades brasileiras resilientes a desastres naturais ainda persiste. Dados apontam que 94% dos municípios brasileiros foram atingidos por algum tipo de desastre na última década, sendo a maioria decorrente de chuvas intensas e secas. O Brasil tem investido mais em ações de resposta e recuperação do que em prevenção, o que revela uma falta de preparação para lidar com tais eventos.
Especialistas ressaltam a importância de investir em prevenção, capacitar agentes da Defesa Civil e criar políticas públicas contínuas para enfrentar os desafios climáticos. A mobilização comunitária e a educação ambiental também são apontadas como medidas fundamentais para reduzir a vulnerabilidade das populações em áreas de risco.
Em São Sebastião, a população tem participado ativamente de ações de mapeamento de risco e educação ambiental, visando formar agentes multiplicadores do conhecimento na comunidade. Além disso, o projeto Restaura Litoral tem obtido resultados positivos na região, com a recuperação de áreas devastadas por meio do plantio de árvores nativas.
Diante do exemplo de São Sebastião, fica evidente a importância de investir em iniciativas de prevenção e recuperação em todo o país. A resiliência das cidades brasileiras frente aos desastres naturais requer um esforço conjunto entre poder público, iniciativa privada e comunidade para garantir a segurança e o bem-estar de todos os cidadãos.