A identidade do responsável pelo erro não foi revelada, mas a nota menciona a técnica em patologia clínica Jacqueline Iris Bacellar de Assis, que teria se apresentado com diploma de biomédica no momento da contratação. No entanto, o advogado da técnica afirmou que sua cliente não reconhece o diploma e nunca atuou como biomédica, atuando sempre como supervisora administrativa no laboratório.
De acordo com as normas da Anvisa, técnicos em patologia clínica podem realizar atividades como coleta e processamento de amostras, desde que sob a supervisão de profissionais de nível superior. A técnica Jaqueline afirmou em entrevista que, apesar de habilitada para realizar análises, nunca atuou nessa área no laboratório, limitando-se a revisar erros de digitação.
Após a contaminação dos receptores dos órgãos, a Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro anunciou a retestagem das amostras de sangue e suspendeu o laboratório PCS LAB Saleme de seus serviços. O laboratório, por sua vez, divulgou que os retestes realizados apresentaram resultados negativos para HIV em grande parte das amostras, confirmando a precisão dos laudos iniciais.
O caso foi considerado “inadmissível” pela Secretaria de Saúde do estado e uma auditoria no sistema de transplantes foi ordenada pela ministra da Saúde, Nísia Trindade. Medidas adicionais foram implementadas para evitar novos casos de contaminação, ressaltando a importância da segurança e confiabilidade nos procedimentos de transplantes de órgãos.