A Enel, concessionária responsável pela distribuição de energia na região, ainda não estabeleceu um prazo oficial para a normalização do serviço. Até o momento, a empresa não divulgou um balanço completo do total de afetados, porém, na tarde de sábado, aproximadamente 1,35 milhão de imóveis estavam sem luz, sendo 870 mil apenas na cidade de São Paulo. Cerca de 750 mil pontos já tiveram o fornecimento restabelecido, mas em alguns locais será necessário reconstruir trechos inteiros da rede.
Os transtornos causados pelo apagão são inúmeros. Já houve relatos de moradores e comerciantes sobre problemas e prejuízos decorrentes da falta de energia. Além disso, a ausência de semáforos operantes tem impactado a fluidez do trânsito em algumas regiões da cidade. A remoção de árvores caídas também tem se mostrado necessária em vias públicas e privadas.
A falta de energia também afetou setores culturais e comerciais da cidade. Espetáculos foram cancelados em espaços como o Theatro São Pedro, na Barra Funda, e estabelecimentos noturnos tiveram seu funcionamento prejudicado, como o Ó do Borogodó, em Pinheiros. A Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo anunciou que irá acionar judicialmente a Enel, responsabilizando-a pelos prejuízos causados ao setor, que estima um impacto semelhante ao ocorrido no apagão de novembro do ano passado, chegando a cerca de R$ 500 milhões.
Com a situação ainda sem previsão de resolução, os moradores e comerciantes seguem enfrentando dificuldades e prejuízos em decorrência do apagão que assola a região metropolitana de São Paulo. A expectativa é de que a concessionária tome medidas urgentes para normalizar o fornecimento de energia e reparar os danos causados pela interrupção no serviço.