Segundo informações da Agência, caso a empresa não apresente uma solução satisfatória e imediata para o problema, um processo de recomendação da caducidade da concessão será instaurado junto ao Ministério de Minas e Energia (MME). A Enel foi procurada pela imprensa para comentar a situação, porém, até o momento da publicação desta reportagem, não houve resposta da empresa.
A dimensão do apagão foi significativa, com cerca de 2,6 milhões de consumidores sem energia devido às chuvas e ventania que atingiram a região, sendo 2,1 milhões na área de concessão da Enel. Na manhã de sábado, aproximadamente 1,6 milhão de clientes ainda estavam sem luz. A Enel afirmou que acionou um plano de emergência e mobilizou cerca de 800 equipes nas ruas, com um total de 2,5 mil técnicos previstos para atuar ao longo do dia.
A empresa distribuiu 500 geradores para pontos críticos e está utilizando helicópteros para localizar problemas em áreas de difícil acesso. O presidente da Enel São Paulo, Guilherme Lencastre, declarou que não há um prazo definido para o restabelecimento total da energia. Diante da gravidade da situação, o Ministério de Minas e Energia solicitou que a Aneel pressione a Enel para restabelecer a energia e criticou a falta de compromisso da agência reguladora com a população. A nota do Ministério aponta problemas recorrentes na área de concessão da Enel e cobra uma atuação mais rigorosa da Aneel na fiscalização da distribuidora.