A análise realizada pela equipe da WWA (World Weather Attribution) ressaltou que o furacão Milton evoluiu de uma tempestade de categoria 1 para uma de categoria 5 em um curto período de menos de 24 horas, devido às águas aquecidas recorde no Golfo do México. Esse aquecimento anormal fez com que o furacão atingisse a Flórida na categoria 3, impactando severamente a região.
Estudos anteriores já haviam apontado a relação entre as mudanças climáticas e a intensificação de fenômenos meteorológicos extremos, como a rápida intensificação de furacões. A rápida evolução de Milton foi considerada uma consequência direta do aquecimento das águas no Golfo do México, tornando o fenômeno duas vezes mais provável com o aumento das temperaturas causadas pela atividade humana.
O ativista da ONG Greenpeace, Ian Duff, ressaltou a importância do estudo ao destacar a influência das mudanças climáticas nas tempestades e desastres naturais. Com milhões de pessoas na Flórida enfrentando custos astronômicos para reconstruir suas casas e comunidades, a urgência de combater o aquecimento global se torna ainda mais evidente.
Os cientistas alertam para uma temporada de furacões mais intensa no Atlântico, com a previsão de entre quatro e sete grandes fenômenos. Milton foi o segundo furacão de categoria 5 da temporada, o que representa um cenário alarmante em meio à crise climática que enfrentamos. A atribuição dos eventos climáticos extremos aos impactos das mudanças climáticas destaca a necessidade de ações imediatas para mitigar os efeitos do aquecimento global.