Irmãos Batista não conseguem assumir controle da Amazonas Energia e medida provisória perde validade, gerando impasse jurídico e econômico.

Os irmãos Joesley e Wesley Batista estão no centro de uma polêmica envolvendo a Amazonas Energia, distribuidora de energia elétrica do Estado. A dupla, que não assumiu o controle da empresa no prazo estabelecido por uma medida provisória do governo Lula, viu sua tentativa de aquisição ser bloqueada por um impasse na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), levando a medida a perder a validade.

A operação, que custaria R$ 14 bilhões aos consumidores de todo o país, agora levanta questões sobre uma possível intervenção do governo e da agência reguladora na distribuidora. Com a expiração da medida provisória nesta quinta-feira, 10, a Âmbar, empresa do Grupo J&F, enfrenta dificuldades para concretizar a compra da Amazonas Energia. A Aneel, por sua vez, enfrenta um impasse, já que o relator do processo se declarou suspeito para julgar o pedido e o caso ficou parado.

A Justiça Federal do Amazonas determinou que a Aneel realizasse a transferência da empresa para os irmãos Batista, levando o diretor-geral da agência, Sandoval Feitosa, a autorizar o negócio individualmente. No entanto, a Âmbar espera pelo respaldo técnico e administrativo da Aneel para garantir a segurança jurídica da operação.

A empresa alega que a excelência na prestação de serviços aos consumidores é fundamental para assumir a Amazonas Energia. No entanto, a área técnica e os diretores da Aneel se opõem ao plano da empresa, exigindo maiores aportes do grupo para limitar os custos ao consumidor. Além disso, questionam a capacidade técnica da Âmbar no segmento de distribuição de energia.

Por outro lado, os irmãos Batista ainda se beneficiam de contratos de usinas termoelétricas da Eletrobras, que fornecem energia para a distribuidora do Amazonas. Esses contratos, adquiridos pela Âmbar, devem impactar as contas de luz de famílias de baixa renda e aumentar as tarifas para consumidores das regiões Norte e Nordeste, bem como impactar a indústria.

Diante de todo esse cenário, a história dos irmãos Batista no setor de energia continua a gerar repercussões e debates sobre os potenciais impactos econômicos e legais das operações envolvendo a Amazonas Energia. Enquanto isso, o governo e a Aneel devem buscar soluções para garantir a segurança e eficiência no fornecimento de energia elétrica no Estado.

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