Presidente Lula sanciona Lei dos Combustíveis Sustentáveis, com incentivos ao diesel verde e biometano, mas veta pontos controversos.

A nova Lei 14.993, de 2024, sancionada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, traz importantes mudanças e incentivos para a produção e uso de combustíveis sustentáveis no Brasil. Entre as medidas destacadas pela legislação estão a alteração dos percentuais de mistura de etanol na gasolina, que passará a ter um mínimo de 22% e poderá chegar a até 35%. Além disso, a lei também estabelece novas diretrizes para o biodiesel, com a adição anual de um ponto percentual ao diesel derivado de petróleo até atingir 20% em 2030.

O texto da nova lei também traz inovações relacionadas ao diesel verde, com a criação do Programa Nacional do Diesel Verde (PNDV), que fixará anualmente a quantidade mínima de diesel verde a ser adicionado ao diesel vendido ao consumidor final. O diesel verde, diferente do biodiesel, é um hidrocarboneto parafínico produzido a partir de tecnologias avançadas, como o hidrotratamento de óleo vegetal e animal, podendo ser utilizado em motores diesel sem necessidade de adaptações.

Outro ponto importante da lei é o estímulo à utilização do biometano e do biogás na matriz energética brasileira, por meio do Programa Nacional de Descarbonização do Produtor e Importador de Gás Natural, visando a redução de emissões de gases do efeito estufa. A regulamentação da atividade da indústria da estocagem geológica de dióxido de carbono e a autorização para a Petrobras atuar nesse segmento também são aspectos relevantes da nova legislação.

No entanto, o presidente Lula vetou alguns trechos da lei, como aqueles que tratavam das diferenças entre critérios contábeis relacionados à arrecadação e a compra de biometano por comercializadores e importadores de gás natural. Esses vetos agora serão analisados pelo Congresso Nacional, que poderá manter ou derrubar as decisões presidenciais.

Com a entrada em vigor da Lei 14.993/2024, o Brasil dá um passo importante em direção à adoção de combustíveis mais sustentáveis e menos poluentes, alinhando-se com as metas de redução de emissões de gases do efeito estufa e incentivando a inovação tecnológica no setor de energia.

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