No segundo trimestre deste ano, a força de trabalho chegou a 109,4 milhões de pessoas, com 101,8 milhões de brasileiros empregados. Já no terceiro trimestre, esse número bateu um novo recorde, alcançando 102,5 milhões de trabalhadores no país.
Uma análise mais aprofundada do segundo trimestre revela que o emprego formal teve um crescimento de 4,0% em relação ao mesmo período de 2023. O Novo Caged registrou a criação de 1,7 milhão de novas vagas com carteira assinada, representando um aumento de 3,8%.
Em relação aos setores da economia, o destaque foi para os setores de transporte, informática e serviços pessoais, que apresentaram crescimento no emprego formal. No entanto, a agropecuária, os serviços domésticos e o setor de utilidade pública foram exceções, com uma redução na ocupação.
A pesquisa também apontou que a taxa de desocupação atingiu o seu menor nível desde o quarto trimestre de 2014, chegando a 6,9%. Além disso, houve uma queda na taxa de desemprego de longo prazo e no desalento.
A renda média dos trabalhadores também teve um aumento real de 5,8%, atingindo R$ 3.214 no segundo trimestre de 2024. Já a massa salarial real cresceu 9,2% em termos interanuais, totalizando R$ 322,6 bilhões.
Apesar dos avanços, o Ipea destaca alguns desafios a serem enfrentados, como a estabilidade das taxas de subocupação e de participação da força de trabalho, que são motivo de preocupação. O instituto ressalta a importância de entender as causas do alto número de inativos e investir em políticas eficazes para reintegrar essas pessoas ao mercado de trabalho.
Outro ponto de atenção é o setor agropecuário, que continua registrando reduções na população ocupada. Problemas estruturais como a informalidade e a falta de proteções sociais ainda impactam o mercado de trabalho, e as desigualdades regionais, de gênero, raça, idade e escolaridade continuam sendo desafios a serem enfrentados.