Paralisação de ações de segurança nacional devido a suspensão de licitação para compra de blindados de Israel gera polêmica no governo

Na última quarta-feira (9), o senador Marcos Rogério (PL-RO) fez declarações contundentes sobre a paralisação das ações de segurança nacional e a situação do Ministério da Defesa. Durante seu discurso no Plenário, o parlamentar citou uma fala do ministro da Defesa, José Múcio, realizada durante um evento na Confederação Nacional da Indústria (CNI).

Segundo Marcos Rogério, o ministro José Múcio teria revelado que uma licitação para a compra de 36 blindados para a artilharia do Exército foi suspensa pelo governo devido ao fato da empresa vencedora ser de Israel. Essa decisão teria sido tomada após o Tribunal de Contas da União (TCU) não permitir que a licitação fosse dada ao segundo colocado, resultando na paralisação da concorrência. O senador contestou veementemente essa ação do governo.

Durante seu pronunciamento, Marcos Rogério questionou se a suspensão se deu por motivos técnicos ou por envolvimento da empresa vencedora em escândalos de corrupção, como mensalão ou petrolão. O parlamentar defendeu que a exclusão da empresa israelense não teria base legal, uma vez que a lei de licitações não prevê critérios de desclassificação com base em aspectos ideológicos.

Além disso, o senador ressaltou o paradoxo das políticas do governo brasileiro ao suspender negócios com Israel, um país conhecido por sua excelência em inteligência e tecnologia de defesa, enquanto mantém relações com países acusados de práticas ditatoriais, como a Venezuela. Ele ainda criticou a postura ideológica do governo, destacando a importância de colocar os interesses nacionais acima de qualquer outra consideração.

Diante desse cenário, Marcos Rogério conclamou por uma mudança de postura, defendendo que o Brasil deve priorizar seus interesses e a soberania nacional. Suas declarações geraram repercussão e colocaram em discussão a relação do país com Israel e os critérios utilizados pelo governo em suas tomadas de decisão na área de segurança nacional.

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