Heinze ressaltou que cinco medidas foram prometidas para prorrogar as dívidas dos produtores rurais, mas até o momento, nada foi concretizado. Os agricultores têm batido às portas dos bancos em busca de respostas, mas têm recebido apenas negativas. A prorrogação das dívidas, que já era considerada insuficiente pelo senador, teve seu prazo encerrado em 30 de setembro, deixando os produtores em um limbo burocrático.
Além disso, o senador criticou a linha de crédito de R$ 15 bilhões prometida pelo ministro da Agricultura, afirmando que, 82 dias após o acordo feito entre o Congresso Nacional e o governo, nenhum produtor conseguiu acessar o crédito ou prorrogar suas dívidas. O prazo estabelecido pelo BNDES para disponibilização do crédito não condiz com a realidade dos produtores, que precisam regularizar sua situação até o dia 16 de outubro, com a linha de crédito estando disponível apenas a partir do dia 11.
Heinze questionou as exigências dos bancos em relação às garantias reais, destacando que os produtores que já perderam quase tudo para as intempéries climáticas não têm como fornecer esse tipo de garantia. O senador também cobrou a promessa de um fundo de aval, que até o momento não foi concretizada.
Diante do cenário descrito pelo parlamentar, fica evidente a situação de extrema dificuldade enfrentada pelos produtores rurais do Rio Grande do Sul, que aguardam ansiosamente por medidas mais efetivas e condizentes com a realidade do campo. A falta de ação por parte do governo e das instituições financeiras coloca em risco a sustentabilidade e a sobrevivência desses agricultores, que enfrentam desafios constantes em suas atividades.
