Auxiliar de enfermagem é morta em posto de combustíveis durante tentativa de assalto em São Paulo, envolvendo PM de folga.

A cidade de São Paulo foi palco de uma tragédia no último domingo (6), quando a auxiliar de enfermagem Francisca Marcela Ribeiro, de 33 anos, foi vítima de um tiroteio em um posto de combustíveis localizado no bairro do Sacomã, zona sul da capital. O incidente ocorreu após um policial militar que estava de folga reagir a um assalto que estava em curso no local.

De acordo com informações da Polícia Civil, a hipótese investigada é a de que o tiro fatal que atingiu Francisca tenha sido disparado pelo próprio policial militar, um cabo. O casal estava no posto de gasolina quando foi abordado por assaltantes, sendo que o PM presenciou o acontecimento e decidiu intervir. A vítima e seu companheiro estavam se preparando para viajar para Nova Odessa, no interior de São Paulo.

Segundo relatos e evidências reunidas durante as investigações, há fortes indícios de que o disparo que resultou na morte de Francisca tenha partido da arma do policial militar. No entanto, as autoridades alegam que o PM agiu em legítima defesa, tanto da vítima do assalto quanto de si mesmo, o que levou a não ser emitido um pedido de prisão contra ele.

A Secretaria da Segurança Pública informou que o caso está sob investigação e que a Polícia Militar está colaborando com todas as apurações necessárias. Dois suspeitos de atacar o casal foram baleados e presos, recebendo tratamento no mesmo hospital para onde Francisca foi levada após o ocorrido.

O relato do companheiro da vítima, Wilker Michel, aponta para um cenário de despreparo por parte do policial, que teria disparado indiscriminadamente durante a situação de conflito. Michel também lamentou a perda de sua companheira, uma mulher atingida enquanto estava ajoelhada e com as mãos para o alto, seguindo as orientações dos criminosos.

A auxiliar de enfermagem, que deixou dois filhos órfãos, foi velada nesta segunda-feira em São Caetano do Sul e será sepultada na cidade de Lagoinha, no interior do Piauí. O Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Saúde no Estado de São Paulo também manifestou seu pesar diante da violência que assola a cidade de São Paulo, lamentando a perda de mais uma trabalhadora da saúde de forma trágica.

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