“A Substância”: o novo filme feminista de Coralie Fargeat que provoca reflexões sobre envelhecimento, solidão e pressão estética.

O aguardado filme “A Substância”, dirigido pela cineasta francesa Coralie Fargeat, promete ser uma experiência impactante e envolvente para o público. Com Demi Moore no papel principal, a trama aborda a história de Elisabeth Sparkle, uma atriz em declínio que, ao completar 50 anos, se vê à beira de perder seu emprego para uma substituta mais jovem. A desesperada Elisabeth recorre a uma droga clandestina que promete transformá-la em uma versão aprimorada de si mesma.

O filme, aclamado no último festival de Cannes, recebeu elogios por sua abordagem feminista e inovadora. Coralie Fargeat, além de dirigir, assina o roteiro e revela que a produção é uma mistura de suas experiências pessoais e da raiva que sente como mulher. A narrativa apresenta um ritmo frenético e desconcertante, alternando entre momentos cômicos e absurdo, deixando o espectador em constante desconforto.

“A Substância” aborda temas cruciais como a pressão estética, a objectificação do corpo feminino e a invisibilidade da mulher à medida que envelhece. No entanto, um aspecto do filme chamou a atenção do público: a solidão da personagem de Demi Moore. A escolha consciente de uma heroína sem filhos ou parceiros levanta questões sobre a punição da independência feminina e o estereótipo da ‘solteirona triste e sozinha’.

Apesar de ser um filme complexo e importante, “A Substância” desafia a sociedade a repensar o envelhecimento e a valorizar as mulheres em todas as fases de suas vidas, independentemente de suas escolhas de vida. A obra de Coralie Fargeat é um lembrete da luta contínua das mulheres para encontrar validação e significado para além dos papéis tradicionais. Um filme que, sem dúvida, provocará discussões e reflexões profundas sobre o lugar das mulheres na sociedade moderna.

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