Ao longo dos cômodos da casa, é possível encontrar pelo menos sete retratos de Baby, três deles pintados por grandes expoentes do modernismo brasileiro, como Lasar Segall, Anita Malfatti e Emiliano Di Cavalcanti, entre outros. Esses quadros representam o amor e a admiração de Guilherme por sua esposa, que apesar de não ter tido uma carreira profissional, era uma mulher inteligente, sociável e culta.
Belkiss nasceu em Quixadá, no Ceará, e conheceu Guilherme aos 21 anos, em uma exposição no Rio de Janeiro. O casal se casou no ano seguinte e teve um filho. Após morar no Rio, decidiram fixar residência em São Paulo, onde Guilherme se tornou o primeiro modernista a ser eleito para a Academia Brasileira de Letras.
A presença de Belkiss no círculo social dos modernistas era marcante, sendo muito querida e conhecida pela sua beleza e desenvoltura. As noites na casa eram animadas, com a presença de artistas como Tarsila do Amaral, Anita Malfatti e Victor Brecheret, entre outros, que discutiam arte e política. O casal também tinha proximidade com o empresário Roberto Simonsen.
Após a morte de Guilherme, Belkiss vendeu a casa para o estado de São Paulo, que viu o potencial museológico do local. Hoje, a antiga residência do casal é um museu biográfico e literário, preservando a memória desse importante casal para a história cultural do país.