O especialista enfatiza que a vitória de Boulos não seria automaticamente uma vitória para Lula, assim como sua derrota não significaria uma derrota para o ex-presidente. Barreto ressalta que metade dos eleitores de Lula de 2022 não votou em Boulos, o que evidencia as divisões no espectro político brasileiro.
A divisão do eleitorado entre esquerda e direita também é destacada por Barreto, apontando que há uma parcela de eleitores de Lula que não apoia Boulos, assim como eleitores de Bolsonaro que se mostram suscetíveis a novos nomes da direita, como Ricardo Nunes. Essa dinâmica revela limites tanto para Lula quanto para Bolsonaro, abrindo espaço para novas possibilidades políticas.
Diante desse cenário de fragmentação e realinhamento político, Barreto conclui que o eleitorado brasileiro está se tornando mais complexo e menos previsível em suas escolhas eleitorais. Isso indica a necessidade de discutir e analisar as novas tendências políticas que estão surgindo, apontando para um futuro incerto e desafiador para a política brasileira.
Portanto, a análise de Barreto sugere que a derrota de Boulos não deve ser interpretada de forma simplista, mas sim como parte de um cenário político mais amplo e dinâmico, que exige reflexão e análise aprofundada.