Segundo Manoela Miranda, gerente de políticas educacionais do Movimento Todos pela Educação, apenas quatro das 20 metas estabelecidas no atual PNE (2014-2024) foram cumpridas parcialmente. Ela ressaltou a importância de priorizar a redução das desigualdades no acesso e na qualidade do ensino, destacando a necessidade de ajustar metas para um plano de execução mais realista.
A CEO da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Mariana Luz, ressaltou a importância de investir na educação infantil, apontando que o último PNE avançou apenas 10% no acesso à creche e pré-escola, enquanto a meta era de 50%. Ela destacou a necessidade de atender à demanda manifesta e adotar estratégias que garantam transparência e eficácia na educação infantil.
Vinicius Sales dos Santos, professor da UFMG, concordou que a qualidade da educação de zero a seis anos é fundamental para o desenvolvimento nas demais fases. Ele defendeu a inclusão de regras de mensuração da qualidade e a reconstrução da Avaliação Nacional da Educação Infantil no novo PNE.
A coordenadora-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Andressa Pellanda, ressaltou a necessidade de incluir metas vinculadas à agenda de direitos e de garantir a articulação do plano nacional com os subnacionais. O senador Flávio Arns destacou a importância do Sistema Nacional de Educação para essa articulação.
No geral, a audiência pública evidenciou a importância de priorizar a educação infantil, reduzir as desigualdades no acesso à educação e garantir a qualidade do ensino. O novo PNE, se implementado com eficácia, pode ser um grande avanço na educação brasileira, impactando positivamente não apenas a formação dos cidadãos, mas também o desenvolvimento do país como um todo.