O documento assinado pelos ministros destaca a importância de mudar a narrativa que defende que medidas de adaptação climática são caras demais e estão em conflito com as prioridades de desenvolvimento. A proposta é estabelecer uma nova perspectiva, na qual a adaptação seja vista como um elemento central do desenvolvimento social e econômico.
Um dos pontos de destaque do acordo é a valorização do Fundo Florestas Tropicais Para Sempre (TFFF), uma iniciativa brasileira que visa financiar países que preservam suas florestas tropicais. Os ministros incentivaram a criação de mecanismos inovadores para mobilizar novas fontes de financiamento e destacaram o TFFF como uma ferramenta inovadora para a conservação florestal.
Além disso, a declaração ministerial será enviada aos chefes de Estado e de governo que se reunirão na Cúpula da Presidência do G20, em novembro. O texto também incentiva a inclusão de ações relacionadas à conservação dos oceanos e zonas costeiras nas novas metas climáticas dos países signatários do Acordo de Paris. Os países têm até fevereiro de 2025 para desenvolver objetivos mais ambiciosos e apresentá-los à ONU.
Outros temas abordados na reunião incluem a gestão de resíduos, a economia circular e a necessidade de estabelecer um novo painel intergovernamental para tratar da gestão de produtos químicos e prevenir a poluição. A ministra brasileira Marina Silva destacou a importância de promover a paz, cuidar do meio ambiente e enfrentar os desafios climáticos.
Com a abordagem convergente da necessidade de agir de forma urgente para conter as mudanças climáticas, o G20 e a COP30, que será sediada pelo Brasil em 2025, buscam promover o multilateralismo como caminho para superar a urgência climática e garantir a sobrevivência das futuras gerações.