Um dos jovens, de apenas 26 anos, encontra-se em estado grave, em coma induzido no Hospital Estadual Alberto Torres, enquanto o outro, de 25 anos, se recupera em casa após ter tido o rosto desfigurado e sofrido cortes profundos no joelho e na perna.
Segundo relatos das vítimas, a abordagem dos policiais foi violenta e sem qualquer justificativa. Os jovens foram derrubados da moto e passaram a ser agredidos com chutes no rosto, sem que sequer fossem solicitados documentos de identificação.
A situação se agravou quando um dos policiais apontou um fuzil para a moto em que os amigos estavam, resultando em uma série de agressões físicas que deixaram marcas profundas e traumas emocionais nas vítimas. Mesmo com dificuldade para falar, um dos jovens conseguiu relatar o ocorrido, enquanto seu amigo, em estado grave, era socorrido por bombeiros e permanecia em coma induzido.
A corregedoria da Polícia Militar já instaurou um procedimento para apurar o caso e garantir que os responsáveis sejam identificados e punidos de acordo com a gravidade dos fatos. O advogado da Comissão de Direitos Humanos da OAB-RJ está acompanhando de perto o desenrolar das investigações, enquanto a população aguarda por respostas e por justiça.
A utilização de câmeras nos uniformes dos policiais, determinada por lei desde 2021 no estado do Rio de Janeiro, é fundamental para a transparência e a prestação de contas da atuação policial. No entanto, casos de agentes que desrespeitam essa norma têm sido relatados, o que levanta questionamentos sobre a efetiva fiscalização e controle das atividades policiais.
A sociedade clama por respostas e por medidas preventivas que evitem que episódios como esse se repitam, reforçando a importância do respeito aos direitos humanos e à integridade dos cidadãos. A atuação das autoridades competentes é fundamental para restabelecer a confiança na segurança pública e garantir que casos de violência policial não fiquem impunes.
