De acordo com o levantamento, dos 9,9 milhões de estudantes matriculados no ensino superior, 4,9 milhões estão em cursos a distância, o que representa 49% do total de matriculados. Enquanto isso, 5,06 milhões estão em cursos presenciais. Essa tendência de queda nos cursos presenciais e crescimento nos cursos a distância tem sido observada desde 2020, com 66% dos ingressantes em 2023 optando por cursos EaD.
O Censo da Educação Superior de 2023, divulgado com mais de um mês de atraso, trouxe à tona a atual situação do ensino superior no país. O ministro da Educação, Camilo Santana, que está de férias para se dedicar a campanhas políticas, não participou da divulgação dos dados. O governo tem adotado medidas como a restrição de cursos de licenciatura a apenas 50% de carga horária online, visando garantir a qualidade da formação dos professores.
A expansão dos cursos a distância no Brasil tem levantado debates sobre a qualidade da educação oferecida nessa modalidade. O diretor de estatísticas do Inep, Carlos Eduardo Moreno, prevê que se a tendência continuar, o país terá mais alunos em cursos a distância do que presenciais já no próximo ano.
Diante desse cenário, o governo tem como prioridade revisar os instrumentos de regulação dos cursos a distância para garantir a qualidade do ensino oferecido. O debate sobre a expansão do ensino superior a distância, a política de cotas e programas de auxílio estudantil tem sido pauta recorrente nas discussões sobre o futuro da educação no país.