Candidatos intensificam apelo pelo “voto útil” na reta final das eleições municipais, gerando tensões entre aliados e adversários políticos.

Na reta final das eleições municipais, os candidatos a prefeito estão intensificando o apelo pelo chamado “voto útil”, uma estratégia que visa concentrar votos e, em alguns casos, evitar a necessidade de um segundo turno. Essa movimentação tem gerado tensões tanto entre aliados quanto entre adversários políticos.

No Rio de Janeiro, o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, filiado ao PT, fez uso das redes sociais para solicitar votos para o atual prefeito e candidato à reeleição, Eduardo Paes (PSD). Essa campanha ganhou força devido ao crescimento nas pesquisas do candidato Alexandre Ramagem (PL), que atingiu 20% das intenções de voto, aumentando a possibilidade de um segundo turno.

No entanto, o apelo de Freixo gerou uma crise com antigos aliados. Tarcísio Mota, do PSOL e terceiro colocado nas pesquisas, criticou a estratégia, afirmando que Freixo está “manchando sua história”.

Em São Paulo, a campanha de Guilherme Boulos (PSOL) também adotou o “voto útil”, com um manifesto assinado por artistas, ex-atletas e intelectuais. Esse documento ressalta a importância de uma frente ampla para evitar um segundo turno que poderia favorecer o bolsonarismo.

A estratégia de Boulos visa conquistar os votos de Tabata Amaral (PSB), com quem divide o eleitorado da esquerda e do campo progressista. Tabata classificou o pedido de “voto útil” como um ato de “desespero”.

O atual prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), também entrou na disputa pelo “voto útil”. Em sua propaganda eleitoral, ele afirmou ser o único candidato capaz de vencer em todos os cenários de segundo turno, alertando que votar em Kim Kataguiri (União Brasil) poderia favorecer uma vitória de Boulos.

Essas movimentações em meio à reta final das eleições municipais evidenciam a polarização do cenário político e a busca dos candidatos por estratégias para consolidar suas posições ou evitar reveses nas urnas. A estratégia de apelo ao “voto útil” não é novidade no cenário eleitoral brasileiro, sendo recorrentemente utilizada em eleições anteriores para influenciar o resultado das urnas.

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