Governo prepara endurecimento das regras para apostas on-line, com 600 sites irregulares sendo banidos em outubro.

O Ministério da Fazenda divulgou uma lista que aponta que apenas 89 empresas de apostas on-line estão devidamente autorizadas a funcionar no país. De acordo com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a partir do dia 10 de outubro, cerca de 600 sites serão banidos por operarem de forma irregular.

Essa medida do governo tem gerado debate no cenário político, com diferentes posicionamentos sendo levantados. O líder da oposição, senador Marcos Rogério (PL-RO), concorda com a restrição dos meios de pagamento e da propaganda das empresas de apostas, mas ressalta a necessidade de outras medidas efetivas por parte do governo para combater o avanço desse setor. Já o senador Humberto Costa (PT-PE) destaca que o endividamento, a inadimplência e a diminuição do consumo no comércio são consequências diretas das apostas on-line, e espera ações imediatas do Poder Executivo nesse sentido.

A regulamentação das apostas esportivas on-line foi permitida pelo governo de Michel Temer por meio da Medida Provisória 846/2018, convertida na Lei 13.756/2018. No entanto, somente no ano passado esse setor passou a ser regulado pela Lei 14.790, de dezembro de 2023, que trata das apostas de quota fixa, onde o usuário já sabe a taxa de retorno ao realizar a aposta.

Apesar da regulamentação, empresas e ganhadores de apostas virtuais agora passam a pagar tributos, o que gerou controvérsias no Congresso. Estudos apontam que o crescimento das apostas, impulsionado pela propaganda on-line e em eventos esportivos, tem impactado as finanças das famílias, levando a endividamento e prejudicando a economia do país. Diante disso, o governo federal tem anunciado um endurecimento das regras relacionadas às apostas como forma de mitigar esses impactos negativos.

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