Após retornar à Inglaterra, Grace casou-se com seu ex-professor, William Young, que veio a se tornar um renomado matemático. Apesar de ter colaborado em diversos trabalhos científicos com o marido, as contribuições de Grace muitas vezes não foram devidamente reconhecidas, devido à relutância de William em compartilhar os créditos. O casal teve seis filhos, dois dos quais seguiram os passos dos pais e se tornaram matemáticos.
Grace foi uma mulher multifacetada, fluente em seis idiomas estrangeiros e com habilidades musicais que ensinou a cada um de seus filhos. Além de sua carreira como matemática, ela também estudou medicina e publicou dois livros de popularização científica para crianças. No entanto, a tragédia da morte de seu filho mais velho, um piloto na Força Aérea Real britânica durante a Primeira Guerra Mundial, abalou sua saúde e a levou a interromper suas atividades matemáticas na década de 1920.
Durante a Segunda Guerra Mundial, Grace e William se separaram devido às circunstâncias do conflito, com ela permanecendo na Inglaterra e ele na Suíça. Ambos faleceram pouco tempo depois. Em 1996, a neta do casal, Sylvia Wiegand, matemática também, criou um prêmio em homenagem aos avós na Universidade de Nebraska, nos Estados Unidos.
A história de Grace Chisholm e William Young representa não apenas uma trajetória marcante na matemática, mas também evidencia os desafios enfrentados por uma mulher em uma área predominantemente masculina naquela época. A contribuição de Grace para a ciência, apesar das dificuldades e das adversidades, permanece como um legado inspirador para as gerações futuras.