Escassez hídrica no rio Xingu atinge situação crítica e coloca em alerta região do complexo de Belo Monte

A Agência Nacional de Águas (ANA) anunciou nesta segunda-feira (30) uma situação crítica de escassez hídrica na bacia do rio Xingu, que corta os estados de Mato Grosso e Pará. Essa declaração é a quinta feita pela agência apenas este ano, evidenciando a gravidade da crise hídrica que assola a região.

O rio Xingu abriga a usina hidrelétrica de Belo Monte, considerada a quarta maior do mundo e responsável por 11% da geração de energia do Sistema Interligado Nacional (SIN). A cidade de Altamira, onde a hidrelétrica está localizada, é uma das áreas mais afetadas pela estiagem.

Com essa declaração de escassez hídrica na bacia do Xingu, praticamente toda a margem direita do rio Amazonas se encontra em situação crítica reconhecida pelo governo federal. Além do Xingu, outras bacias como Madeira, Purus, Tapajós e até o rio Paraguai, que banha o pantanal, já tiveram declarações semelhantes da ANA.

Essa medida anunciada pela ANA busca intensificar o monitoramento dos níveis do rio, sugerir ações de contenção do uso da água em parceria com órgãos estaduais e municipais, bem como evitar a interrupção do abastecimento de água devido à estiagem. Também permite que as empresas de saneamento da região adotem tarifas de contingência para cobrir os custos adicionais operacionais pela falta de água.

Essa escassez hídrica na região Norte do Brasil tem causado impactos significativos nas grandes hidrelétricas, como Belo Monte, Santo Antônio e Jirau, que estão operando com menos de 10% de sua capacidade. A situação é considerada de risco iminente, o que tem levado a ANA a classificar a iniciativa regulatória como uma questão de urgência.

Diante da gravidade da situação, a ANA destaca a importância de ações coordenadas e emergenciais para lidar com a crise hídrica na bacia do rio Xingu e em outras regiões afetadas. A declaração de situação crítica terá validade até 30 de novembro, com a perspectiva de que a escassez de água possa se agravar nos próximos meses se medidas efetivas não forem tomadas.

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