Além da multa milionária no Pantanal, a Rumo foi autuada em agosto por causar queimadas em quase 18 mil hectares de vegetação nativa protegida em Corumbá, no Mato Grosso do Sul. Essa multa se soma a outras autuações que totalizam mais de R$ 64,5 milhões nos últimos dez anos, sem contar as autuações mais recentes. A empresa tem um histórico de infrações ao meio ambiente, incluindo despejo de resíduos sólidos em um córrego e outras multas em biomas como a Mata Atlântica e o Cerrado, principalmente no interior de São Paulo.
O incêndio no Pantanal foi causado por faíscas de uma serra elétrica durante uma manutenção na ferrovia. A empresa foi responsabilizada e multada em R$ 57,5 milhões, juntamente com a terceirizada que realizava os reparos. Apesar de alegar que as causas do incêndio estão sendo investigadas, a Rumo enfrenta críticas e questionamentos sobre sua conduta.
O grupo empresarial liderado pelo empresário Rubens Ometto, que inclui a Rumo, também enfrenta processos e multas em outras empresas do setor, como a Raízen e a Cosan. Essas empresas têm sido alvo de autuações por queimadas, contaminação, vazamento de óleo e despejo indevido de resíduos. A Cosan, por exemplo, estima um possível valor de R$ 330 mil em multas aplicadas pelo Ibama.
Diante desses problemas, as empresas do grupo afirmam que estão comprometidas com a sustentabilidade e segurança em suas operações, investindo em tecnologias avançadas e padrões operacionais para prevenir acidentes. No entanto, as multas e autuações continuam a preocupar as autoridades ambientais e a sociedade em geral. A questão do meio ambiente é cada vez mais relevante e as empresas do setor precisam se adaptar às exigências ecológicas para garantir um futuro sustentável.
