Neste ano, o Brasil entra no período mais quente com os reservatórios das hidrelétricas em níveis elevados e o uso de fontes de energia renováveis, como solar e eólica, que garantem um abastecimento estável a um custo menor.
O horário de verão consiste em adiantar os relógios em uma hora entre os meses de outubro e fevereiro, visando reduzir o consumo de energia ao aproveitar por mais tempo a luz natural do sol.
Essa medida foi extinta durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que justificou a decisão alegando que estudos demonstraram não haver mais economia de energia e que o horário de verão afetava negativamente a saúde das pessoas.
Especialistas do setor apontam que o horário de verão perdeu força devido a novos hábitos, como o uso de ar-condicionado, que aumenta a demanda de energia, e a expansão do uso de gás nas metrópoles, que reduz a necessidade de chuveiros elétricos, por exemplo.
No final do ano passado, a Folha realizou uma enquete com seus leitores sobre o tema, e 55,7% dos 1.155 participantes se manifestaram contra o retorno do horário de verão, enquanto 44,3% foram a favor.
Uma enquete feita pelo presidente Lula no Twitter teve mais de 2,3 milhões de votos, com 66,2% a favor da volta do horário de verão e 33,8% contrários. A assessoria de Lula esclareceu na época que a enquete era apenas um indicativo e que outros fatores seriam levados em consideração para a decisão.
Em uma pesquisa Datafolha realizada em setembro de 2021, 55% dos entrevistados apoiaram o retorno do horário de verão, enquanto 38% foram contrários e o restante se mostrou indiferente.
Diante disso, o governo de Lula foi aconselhado a não implementar o horário de verão, levando em consideração o planejamento robusto do setor de energia e a falta de comprovação dos benefícios dessa medida.