Essa técnica inovadora, que será utilizada pela primeira vez na América Latina, tem como objetivo minimizar os efeitos dos ventos na estrutura do prédio. A engenheira responsável pela obra, Stéphane Domeneghini, explicou que os pêndulos operam como contrapesos que se movem em oposição à frequência natural da estrutura, absorvendo e dissipando a energia que poderia causar oscilações prejudiciais.
De acordo com a construtora FG, responsável pelo empreendimento, o uso dos amortecedores de massa sintonizados garantirá maior estabilidade à estrutura, conforto para os moradores e prevenção de danos ao longo do tempo. Outros arranha-céus em todo o mundo, como o Taipei 101, em Taiwan, e o Shanghai Tower, na China, utilizam esse mesmo sistema.
Além dos pêndulos, o Senna Tower contará com outriggers distribuídos ao longo dos 500 metros de altura, nos 11º, 33º, 58º, 83º e 108º andares, para dar mais rigidez à estrutura e controlar as oscilações. Para suportar todo o peso do prédio, serão necessárias fundações de mais de 40 metros de profundidade, algo não comum em construções menores.
A construção da Senna Tower também trará benefícios para a economia local, com a geração de cerca de 3.000 empregos diretos ou indiretos. Além disso, a construtora FG já pagou cerca de R$ 150 milhões em outorgas, correspondentes a 5% do investimento total na obra, conforme previsto no Estatuto da Cidade. Essa contrapartida financeira é utilizada para financiar projetos de interesse público no município.