Uma das questões destacadas por Zequinha é o fato de que o Mercosul se mostrou disposto a negociar um instrumento conjunto de comércio e desenvolvimento sustentável, levando em conta as legislações internas de ambas as partes e as diferentes circunstâncias nacionais, com o objetivo de reforçar o desenvolvimento sustentável em suas dimensões social, econômica e ambiental. O senador argumenta que essa resposta está em consonância com o projeto de sua autoria que institui a Política Nacional sobre Mudança do Clima, tornando obrigatório o cumprimento de padrões ambientais compatíveis aos do Brasil para a disponibilização de bens no mercado brasileiro.
O parlamentar ressaltou a importância desse acordo entre o Mercosul e a UE, mas enfatizou que é fundamental existir reciprocidade ambiental entre as partes, deixando claro que “o Brasil e a Amazônia não estão à venda”. Zequinha defende que se exige um rigor apurado nas questões ambientais do Brasil, então é justo que também se cobre o mesmo tratamento e a mesma política ambiental por parte da UE. Ele destaca que o Brasil possui o código ambiental mais rigoroso do mundo, onde na Amazônia, por exemplo, os donos de terra só podem utilizar 20% da área, sendo obrigados a preservar 80% do território.
O senador questiona em qual país do mundo é possível encontrar uma situação como essa, onde alguém compra uma área de terra e é obrigado a preservar 80% dela. Ele ressalta que no exterior, na maioria dos países, não se preserva nem 20% do território. Para Zequinha, é importante que haja um equilíbrio na política ambiental entre os dois blocos e que se valorize as medidas de preservação já adotadas pelo Brasil.
O acordo entre o Mercosul e a UE é considerado estratégico para o Brasil, mas é necessário que haja um cuidado especial com as questões ambientais, garantindo que exista uma postura recíproca por parte da União Europeia. O senador Zequinha Marinho defende que é fundamental proteger o meio ambiente e que isso deve ser levado em consideração nas negociações comerciais.