Para os cargos de prefeito, há 15.573 candidatos disputando as 5.569 vagas disponíveis em todo o país. Em 2020, esse número era um pouco maior, com 18.416 pessoas concorrendo às prefeituras. Já para o cargo de vice-prefeito, são 15.812 candidatos, também apresentando uma redução em relação ao último pleito.
No que diz respeito às câmaras municipais, mais de 431 mil candidatos estão na disputa pelas 58 mil cadeiras disponíveis, número inferior aos quase 481 mil registrados em 2020. Essa redução no número de candidaturas pode ser explicada, segundo o pesquisador da Universidade de Brasília Mamede Said, pelo desencanto com a política, especialmente entre os mais jovens, que tem sido influenciado pela atuação dos atores políticos.
Além disso, o TSE divulgou informações importantes sobre o perfil dos candidatos. Neste ano, as mulheres representam 34% das candidaturas, mantendo praticamente a mesma proporção das eleições anteriores. Os homens, por sua vez, correspondem a 66% do total de concorrentes. Um dado que chamou a atenção foi o aumento no número de candidatos que se identificam com nomes sociais, totalizando 348 pessoas em comparação com as 133 registradas em 2020.
Em relação à representatividade racial, candidatos brancos são maioria, com 46,83% do total, seguidos por pardos com 40,3% e pretos com 11,32%. Além disso, 3.590 candidatos quilombolas foram registrados, representando cerca de 1% do total.
Diante desse panorama eleitoral, o professor Mamede Said ressalta a importância de os eleitores conhecerem os candidatos, suas histórias e propostas, como parte fundamental do dever cívico. Para ele, a participação ativa no processo eleitoral e nos partidos políticos é essencial para influenciar os assuntos públicos de forma positiva.
Dessa forma, as eleições de 2024 apresentam um cenário de redução no número de candidatos, com mudanças significativas no perfil dos postulantes aos cargos e a necessidade de uma participação mais consciente e crítica por parte dos eleitores.
