Segundo o rascunho do discurso obtido com exclusividade pela agência Reuters, Michel defendeu a necessidade de uma paz que respeite tanto a Carta da ONU quanto os princípios fundamentais da organização, como a integridade territorial de uma nação soberana. Em seguida, o presidente do Conselho Europeu se dirigiu diretamente à delegação chinesa, enfatizando a importância de nações responsáveis se unirem para persuadir a Rússia a pôr fim ao conflito na Ucrânia.
A China, representada pelo vice-presidente Han Zheng, está presente na reunião do Conselho de Segurança e espera-se que ela se envolva no encontro, que envolve outros 15 membros do conselho. A posição que a China tomará em relação à crise na Ucrânia ainda não está clara, já que o país se absteve de votar na Assembleia Geral da ONU, quando a maioria dos 193 membros exigiu que a Rússia retirasse suas tropas do território ucraniano.
As abstenções da China são uma tentativa de adotar uma postura diplomática neutra em relação ao conflito. Pequim tem reiterado a importância de respeitar a soberania e a integridade territorial de todos os países, mas também acredita que todas as preocupações de segurança devem ser abordadas. A China demonstra cautela em relação ao confronto entre a Ucrânia e a Rússia, buscando equilibrar suas relações com ambas as nações.
A presença do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, também foi confirmada na reunião do Conselho de Segurança. A participação de líderes mundiais nesse encontro é fundamental para buscar apoio internacional e pressionar por uma solução pacífica para a crise na Ucrânia.
O discurso de Charles Michel reflete a preocupação da comunidade internacional com a situação na Ucrânia e demonstra a necessidade de uma ação conjunta para pressionar a Rússia a buscar uma paz justa. Resta agora aguardar as manifestações da China e de outras nações presentes no Conselho de Segurança das Nações Unidas para saber quais serão os próximos passos para lidar com a crise ucraniana.