Na recente reunião realizada em Maceió (AL), ministros do fórum do G20 aprovaram uma agenda histórica de combate à desinformação e promoção da integridade informacional. Pela primeira vez na história do G20, esses temas serão incluídos no documento que será enviado para a próxima reunião da Cúpula de Líderes do grupo, marcada para novembro no Rio de Janeiro.
A importância do combate à desinformação tem sido amplamente defendida em fóruns internacionais e por especialistas de todo o mundo. Um relatório do Fórum Econômico Mundial destacou a desinformação como o principal risco mundial para os próximos dois anos, ressaltando a necessidade de uma ação internacional conjunta.
Desde 2023, a Organização das Nações Unidas (ONU) vem difundindo o conceito da integridade da informação, destacando a precisão, consistência e confiabilidade como componentes essenciais para a proteção dos direitos fundamentais de acesso à informação e liberdade de expressão. O Brasil, país que preside o G20 este ano, teve um papel fundamental ao colocar o tema na agenda do grupo de trabalho de Economia Digital e agora na pauta da Cúpula de Líderes.
O secretário da Secretaria de Políticas Digitais da Presidência da República, João Brant, foi um dos responsáveis pela articulação junto aos países membros. Ele ressaltou a importância do tema, que agora se torna uma prioridade do G20.
É urgente combater a desinformação, e a agenda da integridade da informação busca focar não apenas no problema, mas na solução. Ações consistentes e de longo prazo são essenciais para empoderar os cidadãos, através de políticas de educação midiática, letramento digital, fortalecimento do jornalismo e garantia de acesso à informação.
A Cúpula de Líderes deve dar continuidade a essa agenda, promovendo um ambiente informacional íntegro e seguro que permita a plena liberdade de expressão, respeito aos direitos humanos e fortalecimento da democracia. O Brasil tem um papel fundamental nesse processo e deve permanecer na liderança deste importante tema.
