Governo de São Paulo lança medidas para combater lavagem de dinheiro do crime organizado e garante investimentos na segurança pública

O governador Tarcísio de Freitas, do partido Republicano, apresentou um conjunto de medidas no campo da segurança, em um evento realizado no Palácio dos Bandeirantes, anunciando um decreto que tem como objetivo regular a destinação de recursos provenientes da lavagem de dinheiro do crime organizado, como, por exemplo, os ganhos do Primeiro Comando da Capital (PCC), para o Fundo Estadual de Segurança Pública. A intenção é utilizar esses recursos para investimentos nas polícias Civil e Militar, visando a aquisição de equipamentos, melhoria na infraestrutura e avanço tecnológico.

De acordo com informações do governo, investigações da Polícia Civil revelaram uma movimentação de R$ 14 bilhões oriundos do tráfico de drogas e outros delitos ao longo de quatro anos, levantados pelo Laboratório de Tecnologia contra Lavagem de Dinheiro.

Além do decreto, durante o evento, o governador assinou a lei que regulamenta a carreira de policial penal, equiparando parte dos servidores da Secretaria da Administração Penitenciária aos policiais civis, militares e técnico-científicos. Também foram entregues simbolicamente 75 viaturas para a Polícia Civil e realizada a posse de novos investigadores, escrivães e médicos-legistas.

Outra medida apresentada foi o lançamento do programa de habitação para policiais, denominado Moradia Segura, que prevê a concessão de cartas de crédito e reserva de imóveis para funcionários das secretarias da Segurança Pública e da Administração Penitenciária. A Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação será responsável pelas análises, considerando a renda dos servidores públicos e aplicando taxas diferenciadas de acordo com a faixa salarial.

O programa visa aumentar a adesão dos agentes, permitindo que escolham o local e o padrão do imóvel a ser financiado, em contraste com a exigência anterior de selecionar uma residência no município de atuação. Para participar, o agente público não pode possuir imóvel próprio ou financiamento residencial ativo, nem ter se beneficiado de programas habitacionais anteriores.

Com vistas a garantir a transparência e o acesso equitativo, critérios como idade, número de filhos menores ou incapazes, e até sorteio serão considerados em caso de excesso de inscritos. As despesas do programa serão cobertas pelo orçamento da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação, podendo contar também com recursos do Fundo Paulista de Habitação de Interesse Social.

Com essas iniciativas, o governo busca fortalecer a segurança pública e promover melhores condições de trabalho e moradia para os agentes responsáveis pelo combate ao crime no estado.

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