De acordo com fontes anônimas ligadas ao negócio, espera-se que o leilão receba propostas de grandes players do setor de infraestrutura no Brasil, como a CCR e o grupo francês Vinci, juntamente com a participação do BTG e da novata 4UM. A expectativa é de uma concorrência acirrada entre essas empresas, que buscam expandir sua participação no mercado de concessões de rodovias.
A 4UM, que recentemente fez sua estreia no setor ao arrematar a BR-381 em Minas Gerais, deve se juntar à gestora Opportunity para formar um consórcio e participar do leilão da Rota dos Cristais. Esta parceria entre as duas empresas já foi evidenciada no certame anterior, ampliando a competitividade no processo.
A Vinci, por sua vez, é uma das empresas mais consolidadas no mercado brasileiro de infraestrutura, com atuação principalmente na administração de aeroportos em diversas regiões do país. No Sudeste, a Vinci Highways finalizou recentemente a aquisição de participação na concessionária Entrevias, que opera 570 km de rodovias em São Paulo.
O novo modelo de concessões adotado pelo governo visa tornar os projetos mais atrativos financeiramente e ampliar o número de concorrentes. Nos últimos anos, o setor tem enfrentado desafios de baixa concorrência em certames, como observado nos leilões anteriores da BR-381 e da BR-040 ligando Belo Horizonte a Juiz de Fora.
A Rota dos Cristais recebe esse nome em referência a Cristalina, cidade conhecida por sua atividade na exploração de cristais de rocha. Atualmente, a economia local está mais voltada para o setor agrícola e de produção de alimentos, com destaque para marcas como Fugini e Bonduelle.
O leilão da Rota dos Cristais representa mais um passo do governo em sua estratégia de acelerar as concessões de rodovias e atrair investidores para o setor de infraestrutura no país. A participação de empresas consolidadas e novos players nesse processo contribui para o desenvolvimento e modernização da malha rodoviária nacional.
