Em seu comunicado, o ministro destacou a importância de manter o foco nos recursos e benefícios sociais, garantindo que a regulamentação das apostas online não comprometa a assistência primária, como alimentação e combate à insegurança alimentar para aqueles em situação de vulnerabilidade.
Dias afirmou ter solicitado informações ao Ministério da Fazenda e reforçou a necessidade de considerar os aspectos sociais e a situação dos vulneráveis quando as regras forem estabelecidas. Além disso, o estudo realizado pelo Banco Central revelou que 4 milhões dos 5 milhões de apostadores do Bolsa Família são os chefes de família que recebem o benefício.
O mês de agosto foi apontado como o período com o maior volume de transferências para sites de apostas, totalizando R$ 20,8 bilhões. Essas transferências foram feitas para 56 empresas diferentes, com uma estimativa de retenção de 15% do valor bruto. O restante foi distribuído aos vencedores das apostas.
O estudo também apontou que aproximadamente 24 milhões de pessoas participaram de apostas online entre janeiro e agosto, com maior concentração na faixa etária entre 20 e 30 anos. A análise revelou que o valor médio das apostas variava de acordo com a faixa etária, sendo os mais jovens com média de gasto de R$ 100 mensais, enquanto os mais velhos, acima de 60 anos, gastavam cerca de R$ 3.000 por mês.
Diante dessas informações, torna-se evidente a necessidade de um cuidadoso processo de regulamentação das apostas online, visando a proteção dos mais vulneráveis e a garantia de que recursos essenciais sejam preservados para aqueles que mais necessitam.