Até então, os modelos climáticos se limitavam a prever o destino dos glaciares antárticos até o ano de 2100. Porém, quando se tratava de prever o que aconteceria após essa data, a incerteza prevalecia. Com a publicação desse novo estudo na revista científica “Earths Future”, foi possível reunir dados de 16 modelos diferentes e analisar as projeções de forma mais ampla.
Os resultados apontam que, mesmo mantendo as emissões de CO2 nos níveis atuais, a perda de gelo na Antártida continuará aumentando gradualmente ao longo do século XXI. No entanto, a partir de 2200, o derretimento das geleiras tende a se acelerar de forma alarmante. Estima-se que até 2300, o nível do mar tenha subido em até 17 metros devido ao derretimento do gelo antártico.
A pesquisadora Helene Seroussi, uma das autoras do estudo e professora da Universidade de Dartmouth, alertou que a maioria das projeções sobre o aumento do nível do mar se concentram apenas até o ano de 2100, ignorando o impacto devastador que as mudanças climáticas podem ter no longo prazo. Ela ressaltou a importância de reduzir as emissões de gases do efeito estufa para proteger as futuras gerações.
Os especialistas também apontaram que, após o ano de 2100, as emissões de CO2 passam a ter um impacto significativo no aumento do nível do mar, independentemente do cenário adotado. Portanto, a urgência de tomar medidas para reduzir as emissões se torna ainda mais evidente.
Em meio a incertezas sobre o momento exato em que as geleiras antárticas iniciarão um colapso substancial, os pesquisadores enfatizaram a necessidade de cooperação internacional e de ações imediatas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas. A colaboração entre cientistas de diferentes países se mostra crucial para lidar com as incertezas e orientar futuras pesquisas na área.
Diante desse cenário preocupante, a preservação do gelo da Antártida se torna uma questão urgente que demanda uma resposta rápida e eficaz por parte de governos e da sociedade como um todo. A proteção desse ecossistema vital não é apenas uma questão ambiental, mas também uma questão de sobrevivência para o planeta Terra e as gerações futuras.