De acordo com o presidente do tribunal, desembargador Henrique Carlos de Andrade Figueira, a decisão foi tomada para evitar possíveis interferências de grupos criminosos no pleito, algo que representa uma das maiores ameaças das eleições municipais não apenas no Rio de Janeiro, mas em todo o país. O cenário de infiltração dessas organizações na política nacional é uma realidade preocupante, que pode resultar em violência, ameaças e coação não só contra os candidatos, mas também contra os eleitores.
Especialistas destacam que o crime organizado tem aprendido a atuar de dentro do Estado, influenciando diretamente os rumos das eleições e buscando eleger candidatos alinhados aos seus interesses. O risco de coação dos eleitores para votarem em determinados candidatos ou até mesmo de impedir a presença nos locais de votação são pontos críticos que preocupam as autoridades eleitorais.
Diante desse cenário, medidas de segurança têm sido adotadas não apenas no Rio de Janeiro, mas em todo o país. A proibição do uso de celulares e câmeras nas cabines de votação é um exemplo de ação preventiva que visa combater possíveis práticas de manipulação eleitoral, como a obrigatoriedade de registro do voto por grupos criminosos.
Além da atuação do crime organizado, casos de violência entre candidatos e eleitores por questões ideológicas também são preocupantes. O uso das redes sociais como plataforma para disseminação de discursos de ódio e ameaças tem amplificado os conflitos políticos e eleitorais, trazendo um desafio adicional às autoridades responsáveis pela segurança do pleito.
Diante desse contexto, a prorrogação da permanência da Força Nacional de Segurança no estado do Rio de Janeiro e o planejamento operacional da Polícia Militar para os dias de votação são medidas essenciais para garantir um ambiente seguro e democrático durante as eleições municipais. A sociedade e as autoridades eleitorais precisam atuar de forma conjunta para preservar a integridade do processo eleitoral e proteger a democracia brasileira.
