Execução controversa na Carolina do Sul: homem condenado por assassinato inocentado por testemunha dois dias antes da pena de morte.

Na última sexta-feira, 20 de setembro, o Estado americano da Carolina do Sul realizou a execução por injeção letal de Freddie Owens, condenado pelo assassinato de uma balconista durante um assalto em 1997. A execução ocorreu dois dias após uma declaração surpreendente de Steven Golden, testemunha-chave contra Owens, que mudou seu depoimento, inocentando o condenado.

Segundo o novo depoimento de Steven Golden, ele testemunhou contra Owens por medo de represálias, mas afirmou que o verdadeiro atirador não era Freddie. Essa declaração lançou dúvidas sobre a condenação de Owens, que sempre alegou sua inocência no caso.

O crime pelo qual Freddie Owens foi condenado envolve o assassinato de Irene Graves, a balconista da loja que teria sido morta durante o assalto. Segundo os promotores, Owens atirou em Graves após ela afirmar que não conseguia abrir o cofre da loja. No entanto, as evidências contra Owens eram frágeis, já que as câmeras de segurança não registraram o tiroteio e a arma do crime nunca foi encontrada.

A mudança de versão de Steven Golden, que agora nega a participação de Owens no assassinato, levantou questões sobre a validade da condenação e da execução do condenado. Os promotores argumentaram que outros amigos de Owens testemunharam contra ele e que sua ex-namorada também o incriminou, mas a nova declaração de Golden trouxe novos questionamentos sobre a veracidade desses depoimentos.

Além disso, durante seu tempo na prisão, Freddie Owens confessou o assassinato de um companheiro de cela, o que levantou preocupações sobre seu comportamento e sua possível periculosidade. No entanto, alegou ter agido dessa forma por se considerar injustiçado pela condenação anterior.

Diante de todas essas informações e da controvérsia em torno do caso, a execução de Freddie Owens levanta dúvidas sobre a justiça do sistema penal e a necessidade de revisão dos processos de condenação. A sociedade civil e organizações de direitos humanos devem estar atentas a casos como esse, onde a possibilidade de erro judiciário pode resultar em consequências irreversíveis.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo