No dia seguinte, 20, o ministro indiano utilizou suas redes sociais para revelar que, além da colaboração nos campos de exploração e produção de óleo e gás, também foi debatida a hipótese de aumentar as importações de petróleo bruto provenientes da Petrobras. Atualmente, a grande parte do petróleo brasileiro é destinada à China e Europa, com 50% e 30% respectivamente, do total exportado pela estatal no segundo trimestre deste ano. Já as exportações para a Índia não são detalhadas separadamente, sendo agrupadas na região denominada “Ásia (Exceto China)”, que recebeu 9% das exportações da Petrobras no mesmo período. Um possível aumento na participação da Índia nessas compras poderia resultar no redirecionamento de cargas atualmente enviadas para outras partes do mundo. Entre os meses de abril e junho de 2024, a Petrobras exportou cerca de 651 mil barris de petróleo por dia.
O ministro Puri ressaltou a importância dos dois países ampliarem as compras de petróleo bruto da Petrobras, além de explorarem oportunidades de colaboração em projetos de exploração e produção em águas profundas e ultraprofundas, tanto na Índia quanto no Brasil. Ele também destacou o pioneirismo brasileiro no campo de biocombustíveis e mencionou o compromisso mútuo em desenvolver combustíveis sustentáveis para a aviação.
A parceria entre a Petrobras e empresas indianas promete fortalecer as relações entre Brasil e Índia, trazendo benefícios mútuos e abrindo caminho para futuras colaborações no setor energético. Vamos acompanhar de perto os desdobramentos dessa importante reunião e as possíveis consequências para o mercado de petróleo e gás.