O pico de focos de calor na região ocorreu em 4 de setembro, um dia antes da Operação Xapiri Tuíre, que teve como objetivo coibir crimes relacionados ao garimpo no território. Durante a operação, agentes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente, Funai e Polícia Federal desmantelaram vilas de garimpeiros, inutilizando seus equipamentos. A ação foi concluída em 10 de setembro, mas, no dia seguinte, um novo aumento de focos de calor foi registrado.
De acordo com Jorge Dantas, coordenador da Frente de Povos Indígenas do Greenpeace Brasil, a velocidade e dimensão das chamas indicam a severidade dos incêndios na TI Kayapó. Ele ressalta que a presença de garimpeiros na região coloca em risco não apenas a comunidade indígena, mas também o ecossistema. Além disso, Dantas destaca a importância dos povos indígenas na preservação da biodiversidade e no combate às mudanças climáticas.
A situação alarmante da TI Kayapó reflete o cenário enfrentado por mais de 300 terras indígenas em todo o país, que vêm sofrendo com as queimadas. Dantas enfatiza a necessidade de acelerar os processos de demarcação de terras indígenas e fortalecer a proteção dessas áreas para garantir a sobrevivência dos povos indígenas e a preservação ambiental.