Dólar cai para R$ 5,40 e bolsa de valores tem terceira queda seguida após alta dos juros no Brasil e redução nos EUA

No dia seguinte à alta dos juros no Brasil e à redução de taxas nos Estados Unidos, o dólar teve uma queda significativa, atingindo a marca de R$ 5,40 e fechando no menor valor em um mês. Enquanto isso, a bolsa de valores teve seu terceiro dia consecutivo de queda, chegando aos 133 mil pontos.

O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,424, o que representou uma diminuição de R$ 0,038 (-0,7%). Durante toda a sessão, a cotação da moeda operou em queda, atingindo R$ 5,40 no ponto mais baixo do dia, por volta das 13h. Este valor é o mais baixo registrado desde 19 de agosto, acumulando uma queda de 3,7% somente em setembro, porém, apresentando um aumento de 11,76% ao longo do ano de 2024.

A atualização das taxas de juros no Brasil não teve um impacto positivo no mercado de ações. O índice Ibovespa, da B3, encerrou o dia em 133.123 pontos, com uma queda de 0,47%. Apesar de ações de petroleiras e mineradoras terem apresentado um aumento, a expectativa de uma política mais agressiva de aumento de juros do Banco Central fez com que papéis de empresas ligadas ao consumo caíssem. Este foi o menor nível do indicador desde 13 de agosto.

As mudanças nas taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos foram os temas principais do dia. Enquanto o Federal Reserve (Fed), Banco Central norte-americano, reduziu as taxas pela primeira vez desde 2020, o Copom elevou os juros básicos da economia brasileira para 10,75% ao ano, a primeira alta em dois anos. A diferença entre as taxas de juros dos dois países favoreceu a queda do dólar, uma vez que investidores tendem a retirar capital de economias com taxas menores para países com taxas mais elevadas.

A expectativa de que o Banco Central brasileiro seja mais agressivo nas próximas decisões fez com que investidores se distanciassem do mercado de ações, buscando opções de investimento em renda fixa, consideradas menos arriscadas. A análise agressiva do Comitê de Política Monetária (Copom) indicou que futuras reuniões podem resultar em aumentos significativos nos juros, o que influenciou a venda de ações no mercado financeiro.

Em resumo, a dinâmica entre as taxas de juros no Brasil e nos Estados Unidos tem sido determinante para o comportamento do dólar e da bolsa de valores, refletindo a complexidade e a interligação dos mercados financeiros internacionais.

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