Gerenciados pelo ICMBio, os incêndios foram originados no domingo (15) no Parque Nacional, se intensificando rapidamente na segunda-feira (16). O governo local já identificou três suspeitos de terem iniciado o fogo nas margens do parque, o que resultou na queimada. Enquanto isso, o incêndio na Reserva Biológica da Contagem, também iniciado na segunda-feira, foi controlado na terça-feira (17).
Apesar da produção de fumaça, esta já não causa o mesmo impacto que nos dias anteriores, quando Brasília ficou coberta por uma névoa de fuligem. Os brigadistas e equipes do ICMBio continuam atuando para extinguir os últimos focos de incêndio e monitorando a situação de perto.
A visita da equipe jornalística da Folha na quarta-feira (18) às regiões afetadas pelos incêndios revelou a triste realidade de uma anta que foi encontrada com queimaduras nas quatro patas, perdendo suas unhas e inalando fumaça. O animal, resgatado pelos agentes, agora está sob os cuidados do zoológico da capital federal.
Os incêndios subterrâneos, que ocorrem devido à queima de matéria orgânica acumulada sob a terra, representam um desafio para os bombeiros, pois podem arder por dias ou semanas sem serem detectados na superfície. Estes focos estão presentes nas matas de galeria do cerrado, ecossistema sensível que compõe as bacias hidrográficas da região.
A expectativa é que o trabalho de combate aos incêndios nas áreas afetadas ainda dure cerca de sete dias, mas há casos em que a situação se prolonga por semanas. A regeneração da mata afetada será necessária para preservar a biodiversidade e o equilíbrio ambiental dessas regiões impactadas.
