A Terra Indígena Nhanderu Marangatu tem sido palco de constantes disputas entre produtores rurais e indígenas, que reivindicam a posse da área como parte de seu território. A região, localizada a 319 km de Campo Grande e próxima à fronteira com o Paraguai, tem sido cenário de tensões e conflitos recorrentes.
Diante da gravidade do ocorrido, a Funai manifestou seu pesar pela morte do indígena e acionou a Procuradoria Federal para que as medidas legais cabíveis sejam tomadas. A Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul também se pronunciou, informando que o governador Eduardo Riedel se reuniu com integrantes da pasta para esclarecimentos sobre o caso.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a presença de policiais militares na região se dá em cumprimento a uma decisão judicial para manter a ordem e segurança na propriedade rural em questão. Além disso, a inteligência policial apurou a existência de interesses de facções criminosas relacionadas ao tráfico de drogas na região, o que tem contribuído para o aumento da violência e dos conflitos.
Convém ressaltar que este não é o primeiro conflito entre grupos indígenas e forças de segurança na região, sendo este o segundo embate ocorrido em menos de uma semana. A Funai está em contato com autoridades locais para garantir a segurança da comunidade e evitar novas ocorrências de violência.
Diante dessa trágica situação, é imperativo que as autoridades locais e federais atuem com celeridade para garantir a justiça para a família do indígena falecido e para toda a comunidade da Terra Indígena Nhanderu Marangatu. A violência não pode ser a resposta para os conflitos, sendo fundamental o diálogo e o respeito aos direitos humanos e territoriais dos povos indígenas. A sociedade brasileira clama por paz e justiça nesse momento de dor e revolta.
