Girão destacou o impacto positivo da Lava Jato, que começou em 2014 e conseguiu ao longo de quase 7 anos promover diversas denúncias, ações penais, prisões e condenações de políticos corruptos e empresários corruptores. Ele ressaltou os números impressionantes de acordos de colaboração premiada e de leniência, que resultaram na devolução de bilhões de reais aos cofres públicos, contribuindo para a recuperação de parte do dinheiro desviado.
Além disso, o senador alertou para a anulação de outros processos ligados à Lava Jato, como os de Glauco Legatti e Djalma Rodrigues, e revelou a existência de 26 petições semelhantes no STF. Ele atribuiu esse efeito cascata a uma decisão polêmica do ministro Dias Toffoli, que invalidou acordos de leniência da Odebrecht e criticou a prisão do ex-presidente Lula.
Girão expressou sua preocupação com a situação atual do país, caracterizando-a como uma “calamidade moral” devido à impunidade e à corrupção que parecem ser toleradas pelo STF. Ele citou o caso de Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras, que devolveu uma quantia significativa aos cofres públicos, questionando se seria justo ter que devolver dinheiro roubado a ele.
O senador também pressionou o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, pela abertura do pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, destacando a necessidade de analisar as acusações de desrespeito à Constituição e violação dos direitos humanos. Girão ressaltou a importância de combater a corrupção e garantir que a justiça seja feita no Brasil, independentemente do cargo ou posição política dos envolvidos.